A.T.P.C
EMAI 10/03/2015
“Creio que a verdade é perfeita para a matemática, a química, a
filosofia, mas não para a vida. Na vida contam mais a ilusão, a imaginação, o
desejo, a esperança”. Ernesto Sábato
OBJETIVOS:
v
Discutir acerca da importância da avaliação
diagnóstica em Matemática;
CONTEÚDOS:
v
Avaliação Diagnóstica;/Vídeo- A criança em seu
Mundo- Cortela
1)Avaliação Diagnóstica
em Matemática:
O ano está começando e
você tem uma nova turma para acompanhar. Além de reconhecer os rostos e gravar
os nomes, uma tarefa mais difícil (e mais importante) o aguarda: investigar o
que cada aluno sabe para planejar o que todos devem aprender. É o chamado
diagnóstico inicial, ou sondagem das aprendizagens, uma das atividades mais
importantes no diálogo entre o ensino e a aprendizagem. Afinal, não dá para
decidir que a turma tem de dominar determinado tema sem antes descobrir o que
ela já conhece sobre esse assunto. Até porque, diferentemente do que muitos acreditam,
ela costuma saber muita coisa. "Antes mesmo de entrar na escola, as
crianças têm ideias prévias sobre quase todos os conteúdos escolares. Desde
pequenas, elas interagem com o mundo e tentam explicá-lo", afirma Jussara
Hoffmann, especialista em Educação e professora aposentada da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "É preciso conhecê-las para não
repetir conceitos nem propor tarefas além do que a garotada é capaz de
compreender."
Daí a importância da
avaliação inicial. "Esse olhar é imprescindível para construir uma visão
detalhada de cada estudante e, com isso, poder planejar as aulas com base nas
reais necessidades de aprendizagem do grupo", explica Jussara. O bom
diagnóstico não tem por objetivo contabilizar os erros ou classificar (e
rotular) os alunos. Ou seja, não é uma prova, no sentido tradicional. "A
ideia é enxergar problemas semelhantes que permitam direcionar o planejamento
das atividades", completa Leika Watabe, coordenadora do Programa Ler e
Escrever, da prefeitura de São Paulo. Em outras palavras, o que está em jogo é
entender as principais necessidades da turma para orientar as formas de
ensinar.
Por isso, não é
qualquer atividade que serve para a realização de um bom diagnóstico. Os
especialistas dizem que só as situações-problema
permitem que o aluno mobilize todo o conhecimento que tem sobre o assunto. Não
basta apresentar uma questão e obter um sim ou não como resposta - no máximo,
um comentário dos mais participativos. "A chave é trabalhar e refletir
sobre o problema", ressalta Leika, "pois não é verbalizando que eles
vão mostrar o que sabem." Quer um exemplo? Se você perguntar para uma
criança o que ela pensa sobre os números, ela nunca conseguirá verbalizar uma
resposta que explicite suas hipóteses. Pode parecer óbvio, mas muita gente
comete esse erro.
Com as produções em
mãos, é possível analisar o que cada um sabe e como representa isso no papel. A
avaliação é o momento também de compreender a lógica empregada na resolução da
tarefa. O produto final desse trabalho é uma espécie de mapa, com os
conhecimentos da sala. Se ninguém conhece um conteúdo, é claro que ele tem de
ser trabalhado de forma prioritária. Se a maioria já resolve bem determinadas
questões, a chave é pensar em formas de dar mais atenção aos que estão um passo
atrás.
Sobretudo entre os
alfabetizadores, esse tipo de sondagem é bem conhecido. Mas, nas outras áreas,
essa atividade ainda é pouco difundida. O fato é que existem formas amplamente
testadas e aprovadas de fazer diagnósticos precisos para muitos conteúdos - em
Língua Portuguesa, para a produção de texto (você descobre o que a turma sabe
em termos de ortografia, gramática e até organização textual), e em Matemática,
no bloco de Números e Operações (para medir os conhecimentos sobre escrita
numérica e no que diz respeito à resolução de problemas dos campos aditivo e
multiplicativo).
Fonte: Site Revista NOVA ESCOLA
REFLEXÃO
Pensando
em diagnóstico inicial...
O
que já sabem meus alunos?
O
que ainda precisam desenvolver?
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